Cuidados com o seu animal de estimação durante as festas de Reveillon

Fogos de artifício, extrema agitação e barulhos podem, sim, afetar o bem estar do seu pet.

Assim, resolvemos registrar aqui algumas dicas e orientações para você cuidar bem do seu animal de estimação no decorrer das festas de final de ano:

·       Procure um profissional de adestramento para manter o seu pet mais controlável nesses ambientes.

·       Determinados medicamentos e coadjuvantes terapêuticos podem aliviar o stress do seu bichinho, tais como:

o   Uso de florais específicos

o   Fármacos a base de extrato de maracujá e passiflora

o   Alguns elementos de triptofano associados

·       Escolha um cômodo da casa onde o ruído seja menor.

·       Mantenha as portas e as janelas trancadas (o animal pode ficar assustado e fugir).

·       Considere sistemas de isolamento acústico.

·       Procure saber mais sobre uma técnica – desenvolvida por Linda Tellington-Jones, na qual consiste em atar o cão com um pano para que a circulação sanguínea do seu corpo seja estimulada, e assim, amenizar as suas tensões a irritabilidade.

·       Simples e eficaz também é a técnica de utilizar chumaços de algodão parafinado (hidrófobo) como tampões de ouvido. Cuidado apenas para não esquecer de retirá-los posteriormente, pois podem gerar infecções.

·       E, por fim, nunca deixe o seu animal de estimação sozinho: a sua presença representa para ele uma referência, segurança e conforto.

Importante: consulte sempre um veterinário para saber a melhor terapia para o seu pet em eventos de tal natureza.

Desde já, desejamos boas festas e um incrível 2017...

Equipe Animal Place

Novembro Azul

Assim como nas fêmeas que tem câncer de mama, os machos apresentam câncer de próstata e testículos. Os sinais clínicos são fáceis de detectar: o animal apresenta dificuldades em defecar e/ou urinar, dor, presença de sangue na urina, alterações ao caminhar, perda de peso e infertilidade.

Se o seu animalzinho exibe algum destes sinais, traga-o para uma avaliação. O exame clínico, realizado pelo Médico Veterinário é simples e indolor, sendo realizado por meio da palpação abdominal e/ou retal, e palpação dos testículos.

As doenças da glândula prostática são comuns em cães, mas muito raras em gatos. Dentre elas estão a hiperplasia prostática benigna (aumento de volume da próstata benigno) e a neoplasia prostática (câncer).

Estas enfermidades podem estar relacionadas com os hormônios produzidos, em grande parcela, pelos testículos. Sendo assim, a CASTRAÇÃO é o principal método de PREVENÇÃO, podendo ser também CURATIVO nos casos de hiperplasia e câncer de testículos, e ADJUVANTE no tratamento de neoplasia.

Portanto, vamos juntos prevenir estas doenças e proporcionar longevidade aos nossos pets. Traga o seu animal para um check up.

Bibliografia: NELSON. R. W. e COUTO C. G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 2010.
Carolina M Lazarotto – Médica Veterinária, especializada Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos animais – Animal Place – São Paulo/SP.

Outubro Rosa - Traga seu animal para uma avaliação!

Com o avanço da medicina e dos cuidados com os animais, frente às medicações especializadas, alimentações balanceadas e maior atenção aos amiguinhos peludos com acompanhamento do Médico Veterinário, vemos um crescente aparecimento de tumores no atendimento na clínica. Na verdade, hoje os animais estão vivendo cada vez mais e doenças antes não vistas, agora são diagnosticadas com maior rapidez, possibilitando o tratamento preventivo ou até um melhor bem estar animal.

O câncer de mama é o tumor mais comum nas cadelas e gatas também podendo ocorrer em cães e gatos machos (com menor incidência). Pode acometer qualquer raça e de qualquer tamanho, tendo maior incidência em cadelas de grande porte.

O desenvolvimento do câncer de mama acontece por inúmeros fatores, entre eles a presença de hormônios, sejam eles endógenos, aqueles produzidos pelo próprio animal, ou exógenos, como os injetáveis para inibir o cio. Outro fator que pode influenciar no desenvolvimento desses tumores é o nutricional, pois uma dieta gordurosa e animais obesos tem maior risco de apresentarem essa enfermidade.

A CASTRAÇÃO PODE SER UMA PREVENÇÃO! Estudos demonstram que se a castração for realizada antes do primeiro cio, a incidência é de 0,05%, após e primeiro cio, essa incidência aumenta para 8% e após o segundo para 26%. Contudo, a castração após o período anteriormente citado não reduz o risco do aparecimento de tumores malignos.

Infelizmente mais de 60% dos tumores em cadelas são malignos e em gatas a probabilidade é ainda maior, acometendo mais de uma mama muitas vezes. Em 25% dos casos o animal pode ter metástase (quando o tumor compromete também outros órgãos, sendo o principal o pulmão, contudo pode aparecer em outros como fígado, rins e ossos).

COMO SABER SE MEU PET TEM TUMOR DE MAMA? O ideal é levar o seu animal ao veterinário para uma avaliação anual, no mínimo, dessa forma, já estaria sendo acompanhado. Entretanto, você também pode fazer uma breve avaliação palpando as mamas e caso tenha alguma dúvida, traga seu animal para uma avaliação com o Médico Veterinário, profissional capacitado para orienta-lo da melhor forma possível.



Bibliografia: DALECK, C. R; NARDI, A. B.; RODASKI, S. Oncologia em Cães e Gatos. Editora Roca. 2009.
Renata Marujo – Médica Veterinária, especializada em Cirurgia e Anestesiologia em Pequenos animais – Animal Place – São Paulo/SP.

Primeiros socorros para animais de estimação

Muitas vezes nos deparamos com situações de emergência, nas quais podemos contribuir para facilitar o trabalho do veterinário na recuperação da vida de um pet.

Acredito que, além de conhecimento, manter a calma em tais situações é imprescindível para um bom atendimento. Diferencie primeiro urgência de emergência:

Urgência: são casos de menor gravidade, mas que devem ser socorridos a tempo para que o animal não tenha complicações mais graves. Exemplos: vômito ou diarreia intensos, piometras (infecção uterina nas cadelas), ausência de urina por mais de 24hs, convulsão, dentre outros.

Emergência: são situações críticas inesperadas, súbitas, as quais um pronto atendimento é fundamental para a identificação do problema e correção de suas consequências, exigindo a imediata intervenção do veterinário, visando garantir a sobrevivência do paciente. Exemplos: hemorragia, parada cardíaca e/ou respiratória, atropelamento, envenenamento, choque elétrico, afogamento, inalação de fumaça em incêndio, etc.

Vamos tratar de forma simples os eventos mais comuns do nosso dia a dia:

Hemorragia: 

Hemorragia é toda perda de sangue que o organismo sofre, seja ela rápida (aguda) ou de forma lenta e gradativa (crônica). Neste caso, iremos explicar como estancar uma hemorragia em casos de acidentes, quando a perda sanguínea muito rápida pode ser fatal. Uma perda de grande volume de sangue em pouco tempo irá provocar uma parada cardíaca, pois o coração não terá líquido suficiente dentro dos grandes vasos sanguíneos para bombear. 

• Hemorragias externas: fáceis de detectar, pois você visualiza a perda de sangue. Normalmente, ela é provocada por um corte, perfuração ou brigas entre cães.
  
• O que fazer? 
• Aplique um pano limpo ou compressas de gaze sobre o corte e pressione por alguns minutos. Mantenha a pressão até o sangramento parar. O tempo para que isso ocorra é variável e está relacionado com a região do corte e a extensão da lesão. Orelhas e patas sangram bastante.
  
• Encaminhe o animal para o veterinário para a desinfecção e sutura do corte. Se isso não for possível imediatamente, após o sangramento diminuir, limpe o local com água oxigenada. Curativos com gaze e esparadrapo são difíceis de se manter, pois o animal costuma retirá-los imediatamente. Desinfete e mantenha o local protegido por uma gaze ou pano para impedir o acesso de moscas na lesão (podem causar bicheira).

Vasos sanguíneos: 

Se um vaso sanguíneo for atingido (veia ou artéria), a hemorragia pode ser grave e deve ser estancada imediatamente. Os vasos que podem ser atingidos mais facilmente localizam-se nas patas, cauda e orelhas. Você pode aplicar um torniquete, ou seja, com um barbante, cordão ou até cadarço de sapato, amarre o membro um pouco antes da região do corte. O torniquete estancará a hemorragia imediatamente, mas não de deve mantê-lo por mais de 15 minutos ou apertá-lo muito, sob o risco de gangrenar o membro por falta de suprimento de sangue. Se usar o torniquete, afrouxe-o a cada 15 minutos e encaminhe imediatamente ao veterinário

• Hemorragia interna: esse tipo de hemorragia é difícil de detectar, pois não se pode visualizar. Após uma queda ou um acidente, o animal pode perder sangue por rompimento de um órgão ou de um vaso interno. 

• O que fazer?
• Como é mais difícil diagnosticar a hemorragia interna, em casos de acidentes, se houver queda de temperatura, palidez e perda de consciência, o mais recomendável é encaminhá-lo ao veterinário imediatamente.

Fique atento em mais textos sobre primeiros socorros no nosso blog e, caso deseje, pode colaborar conosco com sugestões para outros temas.

Texto elaborado por Dr. Jorge P. de Morais CRMV SP 6168, sócio-proprietário da Animal Place

Fontes de pesquisa : texto da Dra. Silvia Parise CRMV SP 5532

http://www.webanimal.com.br/cao/index2.asp?menu=guia2.htm